quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Que bela ideia!

De vez em quando a minha profissão obriga-me a viajar por este meu Portugal fora e, como seria de esperar, grande parte destas viagens são feitas em auto-estradas. São nestas vias de trânsito que tenho deparado com um fenómeno curioso, o qual não deve ser estranho ao caro leitor. Refiro-me aos anúncios dos preços dos combustiveis praticados nas várias estações de serviços que populam pelos kms de alcatrão que cobrem a superficie deste país. Como todos devem estar recordados, a intenção destes anúncios era promover a concorrência entre os diferentes distribuidores de combustíveis e, com isso, beneficiar o consumidor, pois este poderia escolher o melhor preço. O que hoje vemos nestes anúncios, são que todas as estações de serviço praticam exactamente os mesmos preços de combustiveis. Curioso não?! Quando não existiam os anúncios, esse meio de promover a concorrência, os preços variavam, agora que os há, os preços não variam. É o mercado dizem os distribuidores, quando um desce o outro desce, quando um sobe o outro sobe, mas sobem e descem sempre na mesma proporção... E diz a Autoridade da Concorrência que não há concertação! Suspeito até que a concertação vai mais além. Se repararem, em cada anúncio estão mencionadas 3 estações de serviços, que na maioria dos casos dizem respeito a 3 distribuidores diferentes (também não existem muitos mais). E, por norma, estes anúncios estão colocados em cada 20 ou 30Km. Ora, antigamente o condutor quando via o sinal de "póxima estação de serviço" só parava se, o combustivel que tinha na viatura não fosse suficiente para chegar até à outra. Ir até ao limite sempre foi uma caracteristica lusa!!! Agora, os condutores abastecem, preferencialmente, nas estações que fornecem a marca de combustivel da qual têm os respecivos cartões de pontos. Mais uma forma de fidelizar o consumidor a uma única marca. Verdadeiramente engenhoso e tudo isto com o aval do Estado.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Quem é o palhaço afinal?

Recebi hoje, por e-mail, o seguinte artigo de opinião do jornalista Mário Crespo, que achei por bem transcrever neste blog. É de facto um texto que merece a reflexão de todos nós.

O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.

O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.

Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

Ou nós, ou o palhaço.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Piada Política

Como às 6ª feiras não se devem discutir problemas sérios, deixo-vos esta piada que recebi hoje:

Cinco cirurgiões discutiam sobre quais os melhores pacientes numa sala de operações
Dizia o primeiro:
- Gosto de operar contabilistas porque, quando os abres, todos os órgãos estão numerados e ordenados.
O segundo retorquiu:
- Sim, mas melhor são os electricistas porque todos os órgãos estão codificados por cores. Não há qualquer risco de engano.
Ao que respondeu o terceiro:
- Qual quê!!! Os melhores são os bibliotecários. Dentro deles tudo está ordenado alfabeticamente.
O quarto cirurgião opinou:
- Não há como os mecânicos. Eles até já transportam uma reserva dos órgãos que são necessários substituir.
Finalmente, disse o quinto:
- Deixem-me discordar de todos vocês, meus caros companheiros mas, em minha opinião, os melhores pacientes para operar são os políticos.Não têm coração, não têm estômago nem tomates. Além disso, pode-se-lhes trocar o cérebro com o cú que ninguém dá conta de nada.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

1 de Dezembro

Ao despontar do dia 1 de Dezembro de 1640, o que deve ter acontecido por volta das 07:00 horas, entraram no palácio real cerca de 40 nobres portugueses, conhecidos pelos "conjurados", que dominaram a duquesa de Mântua, Vice-Rainha de Portugal, obrigando-a a render-se, e executaram o Secretário de Estado, Miguel de Vasconcelos. E assim foi dado o 1º passo para a reconquista da nossa independência e soberania.
Com a aproximação do feriado, não podia deixar de vos recordar o significado deste dia e como a vontade de poucos pode ser o desejo de muitos.

sábado, 28 de novembro de 2009

Citação de Thomas Jefferson

Ao Dr. António Costa, deixo esta frase de uma pessoa que compreendeu o verdadeiro significado de fazer politica: "Quando um homem assume uma função pública, deve considerar-se propriedade do público."

Política com carácter

Há um programa de discussão política na TV que gosto de ver de vez em quando, que é a Quadratura do Circulo. Num dos últimos programas, um dos comentadores, o Dr. António Costa, disse que não discutia o carácter dos políticos, embora em boa verdade, o carácter que ele não queria discutir era o do Primeiro Ministro de Portugal. Disse ainda o Dr. António Costa que, discutir o carácter dos políticos é "baixa politica". Um dos outros comentadores, o Dr. Lobo Xavier, indignou-se com esta posição do Dr. António Costa. E com razão! Porque, no fundo, as posições e decisões dos políticos são fruto do seu carácter ou da ausência dele. Como tal, se há coisa que os cidadãos devem exigir dos políticos é que estes tenham e revelem ter carácter.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Citação de Joseph Maistre

Ao ver as embrulhadas em que andam metidos alguns dos nossos governantes, deixo-vos esta frase para reflexão: "Todas as nações têm o governo que merecem."